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domingo, 12 de maio de 2013

Demônio da alma

Digno de uma obra de arte, o cenário era perfeito, de uma janela eu conseguia ver a luz do sol nascente iluminar a montanha em um tom vermelho com um brilho intenso de um dia que acaba de começar, da outra janela, a luz do sol ainda não tinha alcançado completamente a paisagem, o que deixava as árvores em um tom azul claro, que me enchia os olhos de beleza. O contraste era enorme. Não sei ao certo se fui o único a reparar nisso, provavelmente não, mas a multidão estava mais preocupada em dançar do que apreciar a paisagem. 
A garganta pede água, vou ao bar pegar a fila pra poder comprar uma garrafa de água. Não consigo ficar imóvel na fila, a música me faz inevitavelmente balançar o corpo pra trás e pra frente, então enxergo através dos óculos embaçados alguém balançando no mesmo ritmo, sinto como se me olhasse, levanto os óculos para enxergar melhor e encontro algo mais belo que a paisagem, digna de ser uma escultura de Michelangelo, com 1,70m, uma pele bronzeada, uma calça jeans azul esculpindo as curvas perfeitas e uma jaqueta preta que se destaca aos demais moletons que as outras garotas estão vestindo, ela estava tão perto que sinto como se saíssem faíscas através da minha pele. Mas me faltava energia até mesmo para esboçar um sorriso, sinto meus lábios costurados. Prefiro pensar que foi resultado de uma noite sem limites, mas pra falar a verdade, é apenas uma desculpa pra não terminar o que comecei...


Um comentário:

  1. Sentir é viver. E quem sente de forma apurada... Vive na excelência.

    Parabéns meu velho. Precisamos conversar!

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